quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Parabéns para nós Nutricionistas !


Dia 31 de Agosto comemoramos o Dia do Nutricionista, data muito especial tanto para nós, estudantes, quanto para aqueles (as) que já são profissionais. Esse é um dia de festejar conquistas, mas acima disso um momento para nos conscientizarmos quanto a luta da classe profissional.

Os profissionais já venceram duras batalhas desde a criação do primeiro curso de graduação em Nutrição, na Universidade de São Paulo em 1939, passando pela criação da ABN (Associação Brasileira de Nutricionistas) em 1949, que deu origem à Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAM) em 1985/2000. A instituição do 2º Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN) em 1976/1984 nos fortaleceu, e a criação dos Conselhos Regionais de Nutrição (CRN) e do Conselho Federal de Nutrição (CFN) foi importantíssima para a nossa valorização. Mais recentemente, em 2005, a Resolução CFN nº 380, estabeleceu as áreas de atuação do nutricionista.

Apesar das duras batalhas travadas vencemos, avançamos e deixamos de ser os “pica-couve” para sermos profissionais cada vez mais importantes na prevenção e tratamento de algumas das doenças de maiores índices epidemiológicos da atualidade, como a obesidade. Apesar disso, alguns profissionais ainda não se valorizam. Um fato que ilustra essa desvalorização são alguns nutricionistas que fornecem diagnósticos através de consultas on-line, atitude antiética e desrespeitosa com o paciente, com o próprio profissional e, por extensão, com sua categoria, pois provoca uma crescente desvalorização e subestimação do Nutricionista. Acreditamos que não estudamos por no mínimo 4 anos para realizarmos “consultas” que sequer contam com um procedimento de avaliação nutricional adequado.

Algumas perguntas que podemos nos fazer são: “Por que existem Nutricionistas que não exercem de fato nossa profissão”?”ou “Por que os salários às vezes chegam a R$800,00 por mês”? ou “ Por que tanta competitividade e rivalidade dentro de uma mesma categoria?”“.

Existem algumas explicações para esses “porquês”, como:

Formação precária à Usurpação das atribuições à Desvalorização do profissional à Desunião da categoria

É de conhecimento comum que qualquer profissional deve ter uma formação completa, que proporcione uma atuação com qualidade, para atender os anseios de seu público alvo. Falando nos profissionais da Saúde, responsáveis por fornecer orientações e cuidados para melhoria da condição de saúde do indivíduo e de sua qualidade de vida, somos conscientes que estes devem se esforçar ainda mais.

Um dos desafios para o Nutricionista é estar sempre atualizado. A cada minuto a ciência evolui e se não estivermos a par dessas atualizações ficaremos desatualizados, com déficit de conhecimentos e com isso corremos o risco de não conseguir realizar nossas atribuições abrindo espaço para outros profissionais. Se não nos empenharmos em buscar o conhecimento não seremos valorizados e encontraremos salários muito aquém do ideal. Porém, se tivermos em mente que a Nutrição, assim como qualquer área da Saúde, evolui, não precisaremos olhar para o outro como um concorrente em potencial, mas sim como um companheiro que nos ajuda a cumprir nossa importante missão, como, por exemplo, a de fornecer educação nutricional e promover hábitos de vida saudáveis para população. Além disso, um colega de profissão pode servir também como fonte de atualização e de luta na reivindicação dos direitos da classe. 

Nesse dia tão importante temos de lembrar as vitórias alcançadas na nossa consolidação enquanto profissão, mas também devemos refletir para qual futuro temos caminhado, onde estamos cometendo erros. Mesmo enquanto estudantes, já somos referência em nosso círculo de amizades e na família e por isso precisamos sempre estar atentos as nossas atitudes a respeito de nossa futura profissão.
Pensamos ser interessante levantar algumas perguntas, que talvez surjam no seu dia-a-dia como estudante: como “Será que estamos estudando o suficiente?”; “Já sabemos o que supostamente deveríamos saber?; “Tenho de lembrar de algo mais?”; “Devo estudar além do que o professor passa?”; e, atém mesmo, “Eu sei como está de fato o meu cenário profissional e quais são as mudanças que devem ser efetivadas?”.
Pense nisso!

Vamos refletir com foco e objetivo, buscando sermos bons profissionais e não mais um graduado (a), que se formou, mas guarda o diploma na gaveta.



DANUT-UFMG


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